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CPI do Fethab e Fundeb inicia os trabalhos

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A comissão vai requerer o demonstrativo dos valores arrecadados a titulo de Fethab, relativos às operações sujeitas à incidência de impostos, dos anos de 2015, 2016 e 2017

A primeira reunião ordinária da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab)  e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), criada para investigar suposto desvio de recursos pela administração pública, debateu o plano de dos trabalho para as próximas reuniões e discutiu alguns requerimentos.

“A questão é mais técnica e documental, no entanto, se for preciso, vamos adotar outros procedimentos para concluirmos nossos trabalhos. Temos a responsabilidade de atuar de forma exemplar e rebater alguns apontamentos, que antes mesmo de iniciar a CPI  colocam em xeque nossas tarefas. Então, que essas mesmas pessoas cobrem dos órgãos competentes sobre os resultados das investigações das CPIs dos Frigoríficos e do VLT”, desabafou o presidente da Comissão dos Fundos, deputado Mauro Savi (PSB).

Na oportunidade, foram apresentados requerimentos referentes a informações sobre recursos do Fethab, sendo que a CPI vai oficiar a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) para que encaminhe dados relativos à produção  de soja (em toneladas), bem como a área plantada em hectares e a produtividade (kg/ha) no estado nos anos de 2015, 2016 e 2017 e a estimativa para 2018. Outro requerimento é para que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) encaminhe dados dos últimos três anos.

A comissão vai requerer o demonstrativo dos valores mensalmente arrecadados a titulo de Fethab, relativos às operações sujeitas à incidência nos termos do Decreto 1261/2000 e alterações posteriores, dos anos de 2015, 2016 e 2017, devendo a relação ser detalhado por produto (soja, gado, algodão, madeira, óleo diesel, gás natural). Ainda sobre o Fethab, a comissão vai solicitar demonstrativo dos valores repassados aos municípios mato-grossenses, devendo informar a periodicidade do repasse, relativo ao Fundo de Transporte e Habitação (Fethab) dos anos de 2015, 2016 e 2017.

E, por último, a CPI vai solicitar à Casa Civil e à Secretaria de Estado de Fazenda do Mato Grosso (Sefaz-MT) que forneçam os seguintes documentos: demonstrativo da apuração do valor destinado ao Fundeb dos anos de 2016 e 2017, constando a arrecadação detalhada por decêndio do ICMS, IPVA, ITCD, FPE, ICMS desoneração, Cota-Parte IPI, multas e juros ICMS, multas e juros IPVA, multas e juros ITCD, dívida ativa ICMS, dívida ativa, IPVA dívida ativa, ITCD, multas e juros dívida ativa ICMS,  multas e juros dívida ativa IPVA, multas e juros dívida ativa ITCD.

Ainda sobre o Fundeb,  os parlamentares vão pedir o demonstrativo detalhado mensalmente, por decêndio, dos valores repassados aos municípios, constando a data de crédito nas respectivas contas bancárias dos anos de 2016 e 2017.

“A questão do Fundeb estou muito tranquilo em afirmar que houve retenção indevida desse recurso, porque foi flagrado pela AMM ao receber recursos de 250 milhões de reais divididos pelos municípios. Precisamos investigar e cobrar sim o que foi realizado em 2017 com esse recurso”, revelou o deputado Alan Kardec (PT).

A mesma opinião tem o deputado Professor Adriano (PSB) sobre as investigações do Fundeb. Para ele, os desvios dos recursos podem afetar diretamente a educação num futuro próximo. “Há fortes indícios de que foram desviados recursos do Fundeb. Precisamos saber de que forma e onde foram usados esses valores”, afirmou Adriano.

Ficou definido que a próxima reunião acontecerá no dia 20 deste mês, às 14h, na sala das comissões da ALMT. Participaram da reunião de hoje os deputados Mauro Savi, Adriano Silva, Nininho, Dilmar Dal Bosco, Guilherme Maluf e Allan Kardec.

Vale lembrar que CPI é presidida pelo deputado estadual Mauro Savi (PSB), vice-presidente Professor Adriano (PSB). Para relatoria ficou definido o deputado Ondanir Bortolini (PSD), Nininho, e como sub-relator o deputado Allan Kardec (PT). São membros suplentes os deputados Dilmar Dal’Bosco (DEM), Guilherme Maluf (PSDB), Janaina Riva (MDB), Romoaldo Junior (MDB), Wagner Ramos (PSD) e Baiano Filho (PSDB).

Tribunal de Contas do Estado pode dar consultoria técnica à CPI dos Fundos

Deputados que compõem a Comissão pediram ao TCE que sejam cedidos dois auditores.

O professor e deputado Allan Kardec (PT) se reuniu nessa quarta-feira (6) com o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Gonçalo Domingos Campos Neto. Ele pediu apoio aos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga suposto desvio de recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Acompanhado do também deputado Adriano Silva (PSB), Allan pediu apoio com consultoria técnica para a Comissão, através da disponibilização de dois auditores. Também anunciou a apresentação de uma consulta formal para saber como regularizar a aplicação de recursos do Fundeb referentes ao ano de 2017.

A sugestão partiu da equipe de consultoria técnica da CPI, que acompanhou a visita ao TCE. “Essa já é uma medida prática que a Comissão tomou e demonstra que estamos no caminho para realizar um grande trabalho”, afirma Allan, que é sub-relator da Comissão.

A consulta visa resguardar juridicamente prefeitos que reclamam de não ter recebido no prazo recursos do Fundeb. O dinheiro deveria ter sido passado pelo governo do Estado. Segundo a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), o Palácio Paiaguás teria usado os valores para custear outras despesas e quitado o repasse apenas nos últimos dias de dezembro. O presidente do TCE prometeu ceder dois auditores e avaliar a consulta após a formalização.

Durante a primeira reunião ordinária da CPI, Allan também apresentou requerimento para que os próximos encontros sejam transmitidos ao vivo pela TV Assembleia (Canal 30.1 HD TV). Também quer que os trabalhos de investigação sejam concluídos até 30 de abril, o que ainda vai ser avaliado pelos outros parlamentares.

Por JOSÉ LUIS LARANJA e TEO MENESES 

Foto por ÂNGELO  VARELA 

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Ministro diz que governo atendeu reivindicação do MST em Pernambuco

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O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou nesta segunda-feira (15) que o governo deu andamento às reivindicações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Pernambuco. Na madrugada de ontem (14), integrantes do movimento ocuparam duas áreas da Embrapa em Petrolina, no interior pernambucano.

Uma das áreas ocupadas pelo movimento, de acordo com a Embrapa, faz parte do Campo Experimental de Caatinga e é destinado aos rebanhos de criação extensiva. No entanto, o MST alega que o terreno de 1,5 mil hectares é improdutivo. É a terceira vez que o MST ocupa uma área da Embrapa Seminário, unidade com sede em Petrolina.

“Sobre a Embrapa de Petrolina, nós vamos assinar essa semana uma transferência de recurso para que a empresa possa produzir sementes para agricultores familiares daquela região, que é uma das reivindicações [do MST]. Uma segunda reivindicação é o assentamento no perímetro irrigado. E a terceira reivindicação é sobre a abertura de um escritório do Incra, que fica a 600 quilômetros [de Recife]. Essas três já estão em andamento no âmbito do Incra. Assim, entendemos que atendemos às reinvindicações e o protesto já está atendido”, afirmou Teixeira, durante coletiva de imprensa para detalhar o lançamento do programa Terra da Gente, que pretende retomar a destinação de terras para a reforma agrária.

As ocupações do MST fazem parte do Abril Vermelho, uma série de ações realizadas neste mês para lembrar o massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996, quando 21 trabalhadores foram executados por policiais militares durante uma marcha por reforma agrária. A jornada de lutas começou no fim de semana e prossegue até a próxima sexta-feira (19). Segundo o MST, foram realizadas, até o momento, cerca de 30 ações, incluindo 24 ocupações de terras em 11 estados.    

Fonte: EBC GERAL

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GERAL

Governo anuncia plano para assentar 295 mil famílias até 2026

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O governo federal anunciou nesta segunda-feira (15) uma nova estratégia para a destinação de terras para a reforma agrária no país. O programa Terra da Gente, regulamentado em decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia no Palácio do Planalto, sistematiza alternativas legais de obtenção de terras para a reforma agrária, além das formas tradicionais, como a desapropriação de áreas improdutivas e a regularização de terras públicas.

Entre as novidades, está a adjudicação (transferência de propriedade) de terras oriundas de grandes devedores da União e a possibilidade de negociação com bancos, empresas públicas e governos estaduais para a transferência de imóveis rurais também em troca do abatimento de dívidas ou permutas (encontro de contas).

“É uma forma nova da gente enfrentar um velho problema. Eu pedi ao [ministro] Paulo Teixeira que fizesse um levantamento, com a ajuda dos governadores, das secretarias que cuidam das terras em cada estado, com o pessoal do Incra nos estados, para gente ter noção de todas as terras que podiam ser disponibilizadas para assentamento nesse país”, afirmou o presidente Lula, durante o evento de anúncio do programa. Segundo ele, a ideia é agilizar a reforma agrária também por meios não conflituosos.

“Isso não invalida a continuidade da luta pela reforma agrária, mas o que nós queremos fazer, aos olhos do Brasil, o que a gente pode utilizar sem muita briga. Isso sem querer pedir para ninguém deixar de brigar”, acrescentou o presidente, que lembrou o histórico de concentração fundiária no Brasil desde as capitanias hereditárias, ainda no período colonial.

Segundo números do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Brasil, 89 mil imóveis rurais possuem mais de 1.000 hectares e ocupam 60,63% do território rural do país. Já 2,5 milhões de imóveis, com até dez hectares, ocupam 1,5% do território rural, enquanto 5 milhões de imóveis representam uma área de 9% do território rural nacional.

Metas do programa

A meta anunciada, entre 2023 e 2026, é incorporar pelo menos 295 mil novas famílias ao Programa Nacional de Reforma Agrária, incluindo todas as modalidades de obtenção de terra existentes.

Brasília (DF) 15/04/2024 – O ministro do Desenvolvimento Agrario, Paulo Teixeira participa da cerimônia Apresentação do Programa Terra da Gente para a Reforma Agrária  Foto: Valter Campanato/Agência Brasil Brasília (DF) 15/04/2024 – O ministro do Desenvolvimento Agrario, Paulo Teixeira participa da cerimônia Apresentação do Programa Terra da Gente para a Reforma Agrária  Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Brasília (DF) – O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, participa do lançamento do Programa Terra da Gente. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

“Isso é um piso, um mínimo. A nossa dinâmica de arrecadação está aberta. Vamos receber dos estados, terras de grandes devedores, orçamento público, isso pode ampliar as metas”, afirmou o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

Pelas contas do governo, serão 73,2 mil famílias assentadas este ano, 81 mil no ano que vem e 90,5 mil em 2026, último ano da atual gestão. A esses números somam-se as 50,9 mil famílias incluídas na reforma agrária ao longo do ano passado. Desse total assentado em 2023, quase metade (24,7 mil) foi de famílias que receberam lotes vazios de assentamentos já existentes.

O Incra também contabiliza no programa as famílias assentadas em áreas criadas por órgãos de terras estaduais e as que vivem em unidades de conservação mantidas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que no ano passado somaram 15,1 mil. Já a criação de novos assentamentos e titulação de áreas quilombolas somaram 10,9 mil em 2023. A marca, segundo o governo, é 60% maior do que a registrada entre 2017 e 2022, durantes os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro.      

Desapropriação e compra

Para a destinação de terras por meio da desapropriação ou compra direta, o Incra tem um orçamento, em 2024, de R$ 520 milhões, sendo R$ 383 milhões para trabalhadores sem terra e outros R$ 183 milhões para a titulação de terras quilombolas. O foco desses recursos, segundo o presidente do Incra, César Aldrighi, será para obtenção de áreas em conflito.

“Os conflitos mais agudos foram identificados, a Ouvidoria do Incra e do MDA foram até esses acampamentos, havia interesse dos proprietários em vender as áreas. Os R$ 520 milhões estão sendo utilizados, já gastamos boa parte desse recurso empenhando [reservando] áreas para a segunda prateleira, que chamamos de terras em pacificação de conflitos. O orçamento deste ano, há que se dizer que o passado a gente não tinha nada para a obtenção de terras, então R$ 520 milhões é algo significativo”, afirmou.

Desde o ano passado, o Incra criou 37 novos assentamentos, para 1,4 mil famílias. São processos que estavam paralisados de gestões anteriores e foram retomados. A autarquia fundiária também retomou, em 2023, o cadastro de famílias acampadas em situação de vulnerabilidade social que havia sido descontinuado no governo anterior. Segundo estimativas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), há cerca de 100 mil famílias acampadas à beira de estradas e em áreas ocupadas e ainda não destinadas à reforma agrária. Desde 2017, segundo o governo, foram registrados 780 conflitos por terra no país.

Em relação às áreas de empresas públicas e bancos, o Incra assinou termos de confidencialidade com as instituições financeiras para analisar terras rurais em estoque e verificar a possibilidade de aquisição por compra ou na forma de abatimento de dívidas com a União. O decreto que regulamenta o Terra da Gente deve ser publicado em edição regular do Diário Oficial da União desta terça-feira (16).

Repercussão

Representantes de movimentos populares de luta pela terra presentes ao Palácio do Planalto ressaltaram a importância de resolver os conflitos agrários no país, o que só pode ocorrer com a distribuição de terras.

“A paz no campo tem nome: reforma agrária”, afirmou Ceres Hadich, que classificou o anúncio do programa como uma retomada dessa política pública, mas que precisa ser com orçamento garantido. “Mais do que um bom programa e planejamento, é fundamental que tenhamos orçamento, estruturas do Estado e servidores fortalecidos, valorizados e motivados a cumprir essa grandiosa missão de fortalecimento da democracia. O anúncio da retomada massiva da criação de projetos de assentamento no Brasil, nesse momento, vem ao encontro às duas grandes prioridades do governo Lula e o cumprimento da função social da terra, que são o enfrentamento à fome e os cuidados com o meio ambiente”, acrescentou.

Os movimentos sociais também pediram mais infraestrutura para as comunidades rurais como acesso a água, educação e saúde, além de estímulo à produção sustentável.

“Não só basta dizer que o acesso à terra é suficiente. é necessário avançar ainda mais para que possamos promover o combate à fome. Temos que impulsionar massivamente a transição para a agroecologia, descarbonizando os sistemas alimentares”, disse Anderson Gomes, do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA).

Fonte: EBC GERAL

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